Série mostra preocupação de Senna com a segurança em reunião antes de acidente fatal
maio 01, 2024Correr em Ímola nunca foi fácil. Em um circuito de curvas rápidas e muito perigosas, dois acidentes gravíssimos ocorreram nos treinos anteriores à corrida de 1994 e aumentaram o temor no paddock. No sábado que antecedeu a prova, o austríaco Roland Ratzenberger morreu durante a volta rápida do GP de San Marino, o que fez o tricampeão mundial Ayrton Senna pensar em não correr no domingo. Imagens do documentário "Senna por Ayrton", disponível para assinantes Globoplay a partir desta quarta-feira, 1º de maio, mostram o ídolo brasileiro alertando sobre a falta de segurança da pista antes da batida que tirou a sua vida.
A obra foi toda construída com base em imagens de acervo e tem direção de Rafael Pirrho e Rafael Timóteo, que também assinam o roteiro ao lado de Camila Côrtes e José Emílio Aguiar.
Não era só a pista de Ímola que preocupava Senna. O início de temporada na Williams foi uma decepção para Ayrton. Ele havia finalmente conquistado a chance de pilotar os carros que considerava “de outro planeta”. A equipe havia vencido o campeonato de F1 em 1992 e 1993, mas não conseguiu manter o padrão após as mudanças de regulamento para 1994. Apesar do bom ritmo nas classificações, o FW16 tinha problemas de dirigibilidade durante a corrida.
Com abandonos nos GPs do Brasil e do Pacífico, as duas primeiras provas da temporada, Senna chegou em San Marino não só com a necessidade de vencer, mas também de pontuar pela primeira vez no ano. O campeonato era liderado pelo jovem alemão Michael Schumacher e tinha outro brasileiro, o novato Rubens Barrichello, na segunda colocação. Damon Hill, companheiro de Ayrton Senna na Williams, era o terceiro.
Silenciar som
A junção da necessidade de vencer com a falta de confiança do FW16 ganhou mais peso com a insegurança de Senna em Ímola. Tudo começou na sexta-feira, dia 29 de abril, com um acidente aterrorizante de Rubens Barrichello. Na sexta-feira, durante a primeira sessão de classificação, a Jordan de Rubinho subiu na zebra da curva Variante Bassa a 250km/h e foi lançada para o ar até colidir com a barreira de pneus e capotar na pista. O jovem brasileiro ficou inconsciente, teve o nariz quebrado e o braço engessado. Esse, porém, não foi o último choque de Ayrton em San Marino.
Felizmente, no sábado, Barrichello respondia positivamente e já havia sido liberado do hospital. Quando o temor no paddock diminuiu, mais um acidente abalaria o mundo da F1 e aumentaria o medo entre os pilotos. O estreante Roland Ratzenberger, viu a asa dianteira do Simtek colapsar a cerca de 300 km/h na aproximação para a curva Villeneuve. O austríaco de 34 anos não teve a mínima chance, e o carro explodiu contra o muro. As lesões cerebrais foram fatais.
Senna não queria falar com a imprensa. Muito abalado com o acidente fatal de Ratzenberger, ele queria a união dos pilotos por mais segurança na Fórmula 1. A direção de prova da categoria não apoiou o brasileiro e disse que ele não deveria ter ido ao local da batida de sábado. Ayrton reclamava dos pneus, que perderiam muita velocidade em uma entrada do safety car, e contou com o apoio do amigo e ex-companheiro de equipe Gerhard Berger, então na Ferrari. Compatriota de Ratzenberger, o piloto da equipe italiana também havia sofrido um grave acidente na curva Tamburello em 1989.
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