Com 14 jogos de invencibilidade, o Internacional vem subindo na tabela do Brasileirão e luta por uma vaga no G-4. Nesta quinta-feira (21), contra o Vasco, o Colorado inicia a sequência final em busca de um lugar na próxima CONMEBOL Libertadores.
Enquanto busca o resultado dentro de campo, o clube começa a pensar na montagem do elenco para 2025. Em entrevista à ESPN, José Olavo Bisol, vice-presidente de futebol colorado, falou abertamente sobre como o clube se prepara para o próximo ano.
O início da montagem do time se dá por quem fica ou não. É o caso de Bernabei, lateral emprestado pelo Celtic e que é um dos destaques do time no segundo semestre. O dirigente, porém, admite que sua permanência parece incerta.
"As partes querendo, tendo interesse, vontade, facilita para uma relação se construir e se resolver. E ele tem demonstrado interesse em ficar com a gente. É óbvio que também tem um relação negocial, onde estamos no fim de uma temporada, com várias implicações, sendo que uma delas é depender de outro clube, que tem outro calendário e outras perspectivas", disse.
Temos uma perspectiva positiva, sim, acredito em um desfecho positivo, embora a relação contratual seja complexa. Vamos precisar de todo o esforço nosso para isso. O que a gente tem dito já é que o valor (10 milhões de euros) para a compra é impagável", seguiu.
"Sendo assim, temos uma gama de possibilidades de solução do caso, e nesse aspecto o Inter trabalha com todas as estratégias possíveis. Desde talvez estabelecer uma renovação do empréstimo até na aquisição de parte do atleta. O que posso dizer é que as negociações estão ainda muito insipientes", completou.
Outro nome que corre o risco de deixar o clube é Vitão. O zagueiro já esteve próximo de sair ao longo de 2024, mas as negociações acabaram não dando certo. E Bisol admite que sua saída pode ser uma necessidade no orçamento.
"Deixar muito claro que não chegou nada de proposta por esse atleta. Não é novidade para o nosso torcedor a dificuldade financeira que estamos enfrentando, que se agravou com as enchentes. Gerou uma série de prejuízo para nós, algo em torno de R$ 90 milhões. E está posto no site do Inter que precisamos atingir uma meta de vendas. Como isso vai se dar? Tem várias formas. Não atribuo somente a uma venda do Vitão", afirmou.
"É óbvio que, no momento de necessidade, a depender das propostas, estaremos abertos a discutir. Evidentemente, pensando na competitividade e no planejamento de 2025, mas também precisando cumprir a responsabilidade do orçamento", acrescentou.
Por outro lado, rumores começaram a surgir sobre possíveis chegadas no ataque, com nomes como Eduardo Vargas, Pedro Raul e Isidro Pitta sendo especulados. A preocupação, porém, é outra.
"Não tem absolutamente nada. Mas isso não quer dizer que lá na frente não tenha alguma negociação. É óbvio e natural que comecem a aparecer notícias que possam estar negociando com o Inter”, admitiu.
“Mas a nossa ideia, sendo muito transparente com o torcedor, dentro da estratégia necessária para uma negociação ser importante ao clube, vamos estar sempre comunicando as questões que afetam o departamento", continuou.
"Neste momento, a gente não estabelece nomes. E nem quantidade de saídas. O foco maior é enfrentar os últimos jogos e entregar o melhor resultado para a nossa torcida", apontou.
Novo formato de gestão pode beneficiar Roger Machado
2:45
Internacional pretende dar estabilidade para Roger Machado em 2025? Vice-presidente é sincero: 'É o dia a dia'
José Olavo Bisol, vice-presidente de futebol do Internacional, concedeu entrevista exclusiva à ESPN
Após uma primeira sequência conturbada, Roger Machado vem se firmando como um dos grandes treinadores da temporada no Brasil. Questionado se o comandante terá estabilidade na próxima temporada, Bisol foi claro: o campo é quem dirá.
"Tenho convicção que o Roger continuará em 2025. A estabilidade é o dia a dia. O campo é extremamente importante. Talvez resolve aí de 70 a 80% dos problemas. Mas os detalhes... enquanto a tranquilidade do campo nos apresenta, nos dá a possibilidade de verificar tudo aquilo que está passando batido", avaliou.
"É um raio-X permanente dos processos, dos fluxos, das comunicações interna e externa. Tudo isso me parece que, por vezes, passa batido, mas que reflete dentro do campo. Isso, de certo modo, além do resultado de campo, dá estabilidade para trabalhar", falou.
Mas o dirigente ainda destacou que o formato de gestão do Inter nos últimos anos pode beneficiar o técnico por sua permanência.
“E está aí um grande desafio nosso. Fazer com que a gente estabeleça uma cultura, visceralmente a vontade de vencer. E isso precisar estar permanentemente na cabeça das pessoas quando entrem aqui e quando vão para casa. É essa a cultura que estamos criando aqui. Mas dá tanta convicção que, quando acontecer algo negativo, a gente sabe como aconteceu. Permanência, consolidação, evolução vão dar resultado em algum momento", finalizou.
Próximos jogos do Internacional
Vasco (F): 21/11, 20h (de Brasília) - Brasileirão
Red Bull Bragantino (C): 24/11, 16h (de Brasília) - Brasileirão
Flamengo (F): 1°/12, 16h (de Brasília) - Brasileirão
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